O excedente de quase 1.2 milhões de euros no final do ano passado transformou-se em défice de 259 milhões de euros.
O excedente histórico deixado por Fernando Medina rapidamente voltou a ser défice, nas contas do Estado. Ainda durante o Governo socialista.
A execução orçamental divulgada nesta terça-feira mostra que o excedente de quase 1.2 milhões de euros no final do ano passado transformou-se em défice de 259 milhões de euros em Março.
Em apenas três meses, uma queda de 1.436 milhões de euros. É o primeiro défice desde Dezembro de 2022.
Já as dívidas da Administração Central aos fornecedores aumentaram cerca de 300 milhões de euros.
O Ministério das Finanças refere uma “forte degradação do saldo orçamental” muito associado às “decisões e compromissos assumidos já este ano pelo anterior Governo e, em muitos casos, após as eleições de 10 de Março”.
A receita fiscal do Estado passou a 12.013,5 milhões de euros até Março, menos 0,9% do que no primeiro trimestre de 2023.
Segundo o economista João Duque, o Governo de Luís Montenegro vai ter de voltar a fazer contas.
O presidente do ISEG aconselha prudência ao Governo e uma “gestão cuidadosa” das contas públicas, declarou na rádio Renascença.
“Vai tentando responder aos compromissos feitos durante a campanha eleitoral, mas com mais prudência se calhar do que imaginaria”, acrescentou.
ZAP //
01/05/2024