RETORNAR ÀS NOTÍCIAS - “Fixem este dia”. Passos Coelho admitiu mesmo que vai voltar à política?


01-03-2023 19:53h Vários

 

“fantasma” de Passos Coelho continua a pairar por aí. Há quem continue a vê-lo como a única “salvação” para um PSD que, desde a sua saída da arena política, tem procurado regressar ao Governo sem sucesso.

O ex-presidente do PSD, que abandonou a liderança do partido em 2018, tem mantido um “nim” latente, não admitindo o regresso, mas nunca o rejeitando liminarmente.

Contudo, nunca tinha deixado tão marcada a possibilidade de regressar à política como num discurso durante o aniversário dos 10 anos da associação de jovens de direita Senado.

No evento no Grémio Literário, em Lisboa, Passos Coelho manifestou a sua abertura a um “horizonte político” enquanto foi tendo um discurso de líder da oposição, criticando, nomeadamente, que “falta um desígnio ao país”, conforme declarações transcritas pelo Expresso.

 

No discurso de mais de uma hora, Passos fez alguns comentários sobre a vida política portuguesa, criticando a elevada dependência dos fundos europeus e a falta de resultados evidentes da sua aplicação na economia nacional.

Segundo o ex-primeiro-ministro, Portugal não soube aproveitar todo o dinheiro que foi recebendo da União Europeia.

Mas Passos Coelho também falou da vida económica europeia. “Não haverá uma espécie de união orçamental e de dívida, nem Governo europeu que reaja aos choques colectivos de forma agregada. Não o teremos nos anos mais próximos e não o antecipo no horizonte da minha vida política e pessoal“, apontou num momento que Marcelo Rebelo de Sousa escutou e que diz que é preciso “fixar”.

“Se as coisas correrem como é suposto, vale a pena fixar o dia de hoje”, vincou o Presidente da República, como cita também o Expresso.

 
 

Para Marcelo que também marcou presença no mesmo evento, fica evidente que aquele momento assinala “um conjunto de princípios, valores e apreciações que definem a vida política e pessoal de quem estava a falar, falando do futuro“.

Se dúvidas ainda houvesse, Marcelo não esconde o ânimo com esse possível regresso de Passos Coelho – e até amplifica as palavras do ex-primeiro-ministro.

No ano passado, Marcelo afirmou, sem pudores, que Portugal “deve esperar muito ainda do contributo no futuro” de Passos Coelho e deixou também elogios ao antigo primeiro-ministro.

Mas também fica evidente, pela postura e pelo discurso, que Passos Coelho pode estar a olhar mais para São Bento do que para Belém, perspectivando antes um regresso como candidato a primeiro-ministro do que a Presidente da República.

   ZAP //

01/03/2023