Apesar de a guerra que está a ser travada entre Rússia e Ucrânia, o Ocidente está bastante atento àquilo que a China faz no que toca a avanços bélicos.

Investigadores do Instituto de Automação da Academia Chinesa de Ciências criaram uma Inteligência Artificial (IA) capaz de fazer inveja a Sun Tzu, o famoso general e estrategista chinês que escreveu “A Arte da Guerra”.

A nova IA, chamada AlphaWar, é capaz de desenvolver estratégias militares superiores às idealizadas por humanos, escreve o El Confidencial. O seu nome é em honra à AlphaGo, do Google DeepMind, a primeira IA a derrotar campeões humanos no complexo jogo de tabuleiro chinês Go.

A tecnologia, dizem os seus criadores, também passou no teste de Turing, usado para medir se o grau de inteligência de uma máquina é indistinguível do dos humanos.

Estas ferramentas podem vir a desempenhar um papel importantíssimo nas guerras do futuro. Inicialmente, serão utilizados para análises estratégicas que permitam aos generais — estes sim, humanos — tomar decisões mais rapidamente.

A AlphaWar foi testada em jogos de guerra, exercícios que simulam diferentes situações de um conflito militar e que servem tanto como treino quanto para desenvolver estratégias ou prever possíveis resultados.

A IA foi criada por uma equipa liderada por Huang Kaiqi e passou no teste de Turing em 2020. Não se sabe ao certo porque é que a notícia só foi dada agora, escreve o South China Morning Post.

O artigo dos investigadores diz que a AlphaWar conseguiria criar estratégias superiores às concebidas por humanos. A máquina melhora o seu desempenho aprendendo com estrategistas militares ou jogando contra si mesma.

Por enquanto, ainda comete alguns erros, escreve o jornal chinês, sugerindo que fica um pouco atrás dos estrategistas humanos em várias áreas, incluindo coordenação entre unidades e uso de armas.