RETORNAR ÀS NOTÍCIAS - Portugueses vão viver melhor do que os espanhóis em 2060


01-08-2018 19:05h Vários

Estas são as conclusões de um estudo realizado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), intitulado “The Long View: Scenarios for the World Economy to 2060” [“A Perspectiva de Longo Prazo: Cenários para a Economia Mundial até 2060”], e que é divulgado pelo Jornal de Negócios.

De acordo com as estimativas da OCDE, os portugueses vão conseguir recuperar de um cenário actual em que os norte-americanos têm quase o dobro da qualidade de vida(cerca de 53%) relativamente aos cidadãos nacionais. Em 2060, o nível de vida dos portugueses será de 65% dos norte-americanos.

Neste momento, Portugal só surge à frente de Grécia, Letónia, Hungria e Polónia, enquanto os restantes países da Europa apresentam melhor qualidade de vida.

Mas Portugal vai recuperar terreno e vai mesmo ultrapassar Espanha e Itália neste capítulo do nível de vida que tem em conta o PIB real per capita expresso em paridade de poder de compra, como explica o Negócios.

Os EUA são utilizados pela OCDE como o país de referência para esta análise.

Na actualidade, apenas quatro países a nível mundial apresentam um melhor nível de vida do que os EUA, respectivamente Luxemburgo, Irlanda, Noruega e Suíça. Os próximos 42 anos vão dar ainda mais vantagem a estes países, em especial ao Luxemburgo e à Irlanda, de acordo com a OCDE.

A entidade acrescenta ainda que Islândia, Holanda e Austrália vão também ultrapassar os EUA, garantindo aos cidadãos dos seus países um nível de vida melhor do que terão os norte-americanos.

A OCDE perspectiva também que, tendo em conta o cenário actual, sem grandes reformas, os padrões de vida nos países da OCDE vão “melhorar entre 1,5% a 2% por ano, nos próximos 40 anos”. Todavia, algumas das principais economias mundiais da actualidade vão perder influência.

“O centro de gravidade da economia mundial continua a virar rumo à Ásia”, nota a OCDE, prevendo que “Índia e China vão assumir uma parcela crescente da produção mundial”, conseguindo cada um “20% a 25% do PIB mundial em 2060, contra pouco mais de 40% para os países da OCDE”.

Nos chamados BRIICS (Brasil, Rússia, Índia, Indonésia, China e África do Sul), o crescimento vai ser “mais rápido”, mas o “crescimento anual de 6% alcançado na última década” vai desacelerar para “pouco mais de 2% até 2060”, deixando-os a um nível de menos de metade dos países melhor colocados na escala do nível de vida, vaticina a OCDE.

ZAP //

01/08/2018